Os bastidores do futebol brasileiro seguem movimentados em busca de soluções para o retorno das partidas. Em meio a discussões de clubes e federações sobre encaixes do calendário 2020, a Federação Nacional dos Atletas de Futebol encaminhou sugestão à CBF para adequar o acúmulo de compromissos do ano em cenário de possível falta de datas na temporada com a pandemia do coronavírus.
Pela manutenção de acordos e dos empregos do futebol brasileiro, Felipe Augusto Leite disse que a Fenapaf defenderia a redução do intervalo entre os jogos de 66h para 48h.
– Falei com o presidente Caboclo no início da paralisação. Também com o Rubinho (presidente da Ferj) – comentou o presidente da Fenapaf, contando que os dirigentes foram receptivos à ideia. – Rubinho achou espetacular. Ouviram (Caboclo e Rubinho) com agradecimento. Estão vendo que todos querem solucionar uma coisa tão grave. Nosso entendimento é de colaborar, encontrar saídas. Os atletas são sensíveis ao que está se passando – completou Felipe Augusto Leite.
Para retorno dia 1º de junho, restariam 202 dias até 20 de dezembro. Para cumprir calendário com 61 datas seria preciso realizar um jogo a cada três dias. Sem contar que há possíveis paralisações em data Fifa – embora o calendário de seleções deva ser o mais prejudicado pela pandemia.
– A sugestão é num momento de excepcionalidade extrema. Precisamos manter postos de trabalho. Não vou ser eu que vou fazer isso (denunciar a infração do regulamento de 66h). Estamos em caráter excepcionalíssimo. Não vamos botar clubes de dois em dois dias para jogar várias vezes. Um joga uma vez, outro joga e vai acomodando para não sobrecarregar ninguém – comentou o dirigente da federação de atletas.
O Bahia entrou em férias coletivas desde o início do mês e tem retorno previsto para 21 de abril.